JEC de Marília cria inteligência artificial para atendimento ao jurisdicionado
Programa responde a dúvidas via WhatsApp.
Em tempos de distanciamento social, é a tecnologia que aproxima o cidadão da Justiça. E-mail, videoconferência e WhatsApp são algumas das ferramentas usadas pelo Tribunal de Justiça para seguir servindo à sociedade mesmo de portas fechadas. No Juizado Especial Cível de Marília, coordenado pelo juiz Gilberto Ferreira da Rocha, uma ideia ganhou forma nesta semana: a utilização de inteligência artificial para atendimento remoto ao jurisdicionado que não é representado por advogado. O atendimento pode ser feito a partir do link ou diretamente pelo número (14) 3042-0111 no WhatsApp.
Desenvolvido pelo escrevente técnico judiciário Eduardo Carnelo Jatobá com a ajuda de softwares, o robô, batizado de J.A.R.V.I.S., funciona via WhatsApp respondendo às dúvidas mais frequentes selecionadas pelo servidor e que possam ser resolvidas à distância. Entre elas estão orientações sobre processos, o que fazer em caso de recebimento de intimação, como se manifestar em uma ação, como dar entrada em um processo, como emitir guias para depósito judicial, suspensão de prazos e outras. O usuário digita uma pergunta ou palavra-chave e recebe automaticamente uma resposta selecionada pela inteligência artificial como a que mais se encaixa ao que está sendo solicitado.
De acordo com o juiz Gilberto Ferreira da Rocha, a IA deverá fazer parte da rotina forense pois, além de agilizar a orientação, ainda garante o amplo acesso do cidadão à Justiça - nos JECs, a representação de advogados em ações cujo valor não superem 20 salários mínimos é dispensável e, por isso, a incidência de dúvidas é maior. “Pouco a pouco a ferramenta estará em todas as áreas de produção e com o Judiciário não pode ser diferente. Temos que nos adaptar aos novos tempos, aproveitar os ensinamentos causados pela pandemia da Covid-19 e aprofundar o desenvolvimento tecnológico, assim como sua utilização, para garantir ganho de produtividade e fluxos de trabalho mais racionais”, destaca.
O processo é completamente remoto, sem a necessidade de um operador, e é possível visualizar os atendimentos. “A partir disso, podemos verificar se as interações foram corretas ou não. Se a resposta dada tiver sido adequada, sinalizo o acerto e as respostas vão se tornando cada vez mais certeiras. Caso não tenha sido adequada, posso encaminhar ao robô a resposta que deveria ter sido dada e ensinar o caminho a ser feito, também para garantir um atendimento mais eficaz”, explica Eduardo Jatobá.
imprensatj@tjsp.jus.br
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