Sexta-feira
29 de Março de 2024 - 

Cine debate de “A Juíza” aborda igualdade de gênero

Evento integrou Semana da Justiça pela Paz em Casa.           Como parte da 14ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, iniciativa nacional de conscientização, prevenção e julgamento de casos de violência doméstica, a Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário (Comesp) reuniu integrantes de persas instituições públicas e da sociedade civil para a exibição do documentário “A Juíza”, seguido de debate no Salão do Júri. Estiveram presentes no evento o vice-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Artur Marques da Silva Filho, representando o presidente Manoel de Queiroz Pereira Calças; a coordenadora da Comesp, desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida; e a desembargadora Maria Cristina Zucchi.         O filme “A Juíza”, das diretoras Betsy West e Julie Cohen, conta a história de Ruth Bader Ginsburg, que completou 86 anos em março, é pioneira na luta pela igualdade de gênero e segunda mulher a integrar a Suprema Corte norte-americana, nomeada por Bill Clinton em 1993. A narrativa tem como fio condutor trechos da sabatina de RBG (como é conhecida) no Congresso, momento em que buscava aprovação para a Suprema Corte dos EUA. “A Juíza” concorreu ao Oscar de melhor documentário de longa-metragem.         Na abertura da sessão, Angélica de Maria Mello de Almeida agradeceu a presença do vice-presidente e afirmou ser a participação dele “muito significativa na medida em que o Tribunal de Justiça assume o enfrentamento da violência doméstica como um compromisso institucional”. Também abordou a importância de uma reflexão interna dos órgãos estatais no que diz respeito à representatividade feminina. “O filme mostra como foi a integração de uma juíza num órgão superior há pouco tempo. No TJSP, tivemos a primeira juíza no ano de 1981. Hoje temos um número bastante satisfatório de mulheres integrando o Poder Judiciário na 1ª Instância e estamos aumentando cada vez mais nossa participação na 2ª Instância dessa Corte.”         Em seguida, o desembargador Artur Marques da Silva Filho destacou sua satisfação com o envolvimento do TJSP no enfrentamento da violência doméstica, como o convênio com a Polícia Militar e o governo de São Paulo para a criação do aplicativo ‘SOS Mulher’, que permite que mulheres com medidas protetivas concedidas possam pedir socorro quando estiverem em situação de risco. Ele também falou sobre o filme e a magistrada Ruth Bader Ginsburg. “Eu, que sou magistrado há muito tempo, sempre me recordo de questões ligadas à Suprema Corte dos Estados Unidos e de Ruth Ginsburg, que é uma grande advogada, lutadora dos direitos da mulher e dos direitos humanos. Que todos nós possamos, a partir do filme, refletir sobre assuntos tão importantes”, disse.           A advogada do Instituto Alana Livia Cattaruzzi também fez uso da palavra em nome do instituto. “A juíza Ginsburg se envolveu com grandeza e coragem na luta pelos direitos das mulheres. Precisamos quebrar o ciclo da desigualdade e da violência de gênero e trazer o tema para a sala de aula, mesa de jantar e gabinetes judiciários, garantindo que a formação de uma nova geração esteja em curso.”         Após a exibição, a juíza da 20ª Vara do Trabalho da capital, Mylene Pereira Ramos Seidl, e a professora da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto, Fabiana Severi, debateram questões relacionadas à igualdade de gênero e violência doméstica, mediadas pela gerente do Instituto Avon, Mafoane Odara.         Também participaram do evento a juíza assessora da Presidência Ana Rita de Figueiredo Nery; a juíza integrante da mesma Comesp Teresa Cristina Cabral Santana; as juízas do TJSP Adriana Barrea, Ana Carolina Della Latta Camargo Belmudes, Manoela Assef da Silva e Liliana Regina de Araújo Heidorn Abdala; a promotora de Justiça  Fabiana Dal'mas Rocha Paes; a subprocuradora geral da Justiça, Lidia Helena Ferreira da Costa dos Passos; a assessora de Políticas Públicas do Município de São Paulo, Sandra Andreoni; a professora da Faculdade de Direito da USP, Mariângela Magalhães Gomes; a gerente do Instituto Avon, Mafoane Odara; a gestora de mobilização e articulação da Flow Distribuidora, Ana Castro; a juíza do TRE de Tocantis  Angela Issa Haonat; a juíza do TRE do Ceará Kamile Castro; e o diretor do IML, Claudinei Salomão.                    imprensatj@tjsp.jus.br
25/08/2019 (00:00)
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